quarta-feira, 4 de maio de 2011

Giro d’Italia 2011

Etapa 1 -  7 de maio – Venaria Reale – Turin 19.3km
O Giro começa com um contrarrelógio por equipes, uma especialidade muito “plástica”, embora algumas vezes injusta. É uma etapa curta onde algumas equipes mais fortes devem abrir, apesar da distância, deixando trabalho para os capitães das nanicas recuperar o prejuízo.
Etapa 2 – 8 de maio – Alba – Parma 244km
Primeira oportunidade para os sprinters com um último quilômetro complicado e possivelmente o tradicional caos das primeiras etapas. Quedas serão praticamente inevitáveis e cabe aos favoritos saber evitá-las.
Etapa 3 – 9 de maio – Reggio Emilia – Rapallo 173km
Etapa classificada como “pianeggiante” mas que é complicada. Nos últimos 10Km há uma subida de 3Km a 6,4% classificada como de 4a. categoria e posteriormente outra de 1Km. Boa para possíveis emboscadas e uma quebra do pelotão. Fiquem espertos.
Etapa 4 – 10 de maio – Genova Quarto dei Mille – Livorno 216km
Outra etapa para emboscadas, essa marcada como média montanha. Uma subida a Castellacchio (2Km) com trechos de até 12%. Porém, como do topo ao final restam 15Km, é provável muitos sprinters consigam se reagrupar (é apenas o quarto dia de prova, as forças ainda estão em 100%) e um sprint massivo é o previsto.
Etapa 5 – 11 de maio – Piombino – Orvieto 191km
Etapa de média montanha no estilo “rompe-piernas” com um final de 3,5Km em subida. Os favoritos devem estar no pelotão da frente e desta vez a vitória caberá a um “uphill finisher” e alguns segundos de diferença devem ser abertos.
Etapa 6 – 12 de maio – Orvieto – Fiuggi 216km
Outra etapa de média montanha com uma quilometragem alta para castigar os competidores. Final complicado, sempre subindo. Observem que é a etapa que antece a primeira de alta montanha e precisamente por esse fato o pelotão deve ir com calma, procurando guardar forças para o dia seguinte. Ótima oportunidade para uma fuga, pois além disso a chegada é em subida, dificultando o trabalho dos sprinters (com poucas garantias de vitória, suas equipes não devem neutralizar uma possível fuga).
Etapa 7 – 13 de maio – Maddaloni – Montevergine di Mercogliano 110km

A tradicional etapa curta e com final muito difícil já tradicional no Giro no Santuário de Montevergine. A primeira etapa de alta montanha sempre é perigosa e algum favorito acabará por ser descartado, seja por uma falha física ou tática. Na geral prevê-se poucas diferenças.
Etapa 8 – 14 de maio – Sapri – Tropea 217km
Uma etapa de transição, possível chegada em sprint ou mais provavelmente uma fuga consentida pelo pelotão para evitar riscos pois a chegada é complicada. São nessas etapas que algum corredor perigoso que não conte muito para a geral pode colocar-se nas primeiras posições.
Etapa 9 – 15 de maio – Messina – Etna 169km
Na etapa prévia ao primeiro dia de descanso outra etapa com baixa quilometragem, mas incluindo duas longas subidas ao Monte Etna (uma com mais de 1000 metros de desnível e a outra com 1300). A possibilidade de grandes diferenças entre os favoritos é pequena, mas devido a extensão da subida, quem não estiver num bom dia vai perder muito tempo.
Etapa 10 – 17 de maio – Termoli – Teramo 159km
Após um dia de descanso, com forças renovadas uma etapa curta e com final em falso plano. Ideal para sprinters.
Etapa 11 – 18 de maio – Tortoreto – Castelfidardo 142km
Volta a média montanha com outra etapa curta com contínuas subidas e descidas com outro final complicado em subida. No ciclismo clássico seria um dia lindo de competição com ataques desde cedo. Na época atual, pela pouca importância dada a etapas com esse perfil, prevê-se que a corrida continuará “travada” até os Alpes. Aposto por uma fuga sem maiores consequências entre os favoritos.
Etapa 12 – 19 de maio – Castelfidardo – Ravenna 184km
Antes das Dolomitas outra etapa totalmente plana pela costa adriática. Antes do abandono generalizado entre os sprinters na etapa seguinte, uma ótima oportunidade de abocanhar alguns euros.
Etapa 13 – 20 de maio – Spilimbergo – Grossglockner 167km
O Giro chega aos Alpes e a altíssima montanha. A etapa cruza a Áustria e após passar por duas montanhas de 2a. e uma de 3a. categoria finaliza no Grossglockner. Os últimos 7Km são menos duros, inclusive com 2Km planos. Prevê-se pequenas diferenças entre os favoritos.
Etapa 14 – 21 de maio – Lienz – Monte Zoncolan 210km
Monte Zoncolan. Precisa explicar alguma coisa?
Em todo caso, o Giro volta a Itália com os colossais Monte Crostis (14Km sempre acima de 10% – fotos abaixo) e o fabuloso Monte Zoncolan (10Km com média de 12% e 5Km sempre iguais ou superior a 15%, chegando ao máximo de 20% próximo ao final). Até mesmo Alberto Contador disse que “tem medo” dessa etapa.
Etapa 15 – 22 de maio – Conegliano – Gardeccia-Val di Fassa 229km
Super maratona de 5 subidas na sequência ao longo de 230Km de prova com um final duríssimo. Considero a “etapa rainha”, a “Grande Etapa Dolomítica” com as equipes e os escravos caindo um-a-um, deixando só os líderes mais fortes para a subida decisiva.

Etapa 16 – 24 de maio – Belluno – Nevegal 12.7km (cronoescalada)
Após o segundo dia de descanso, com o sangue renovado (desculpem o trocadilho) os favoritos darão o sangue (desculpe de novo) para abrir diferenças entre si nessa dura escalada.
Etapa 17 – 25 de maio – Feltre – Tirano 230km
Etapa bem longa e após o grande esforço da crono do dia anterior e pensando no futuro, é possível que os capos façam um acordo de cavalheiros e mantenham suas diferenças, embora pensando com carinho, o final com duas subidas na sequência e uma descida rápida a menos de 20Km seja uma excelente oportunidade para fazer uma surpresa.
Etapa 18 – 26 de maio – Morbegno – San Pellegrino Terme 151km
Etapa “curta” com a única dificuldade a aproximadamente 30Km da chegada. Apesar da grande possibilidade de vingar alguma fuga, é uma boa oportunidade para emboscadas (parte final sempre em descida).
Etapa 19 – 27 de maio – Bergamo – Macugnaga 209km
Penúltimo cartucho para os escaladores. A montanha intermediária é longe da meta, eliminando qualquer possibilidade de ataque de algum favorito, ocorrendo ataques apenas próximos da chegada, mas mesmo assim tímidos devido a etapa do dia seguinte.
Etapa 20 – 28 de maio – Verbania – Sestriere 242km

Muitos especialistas acreditam que essa é a etapa que vai decidir o Giro. O final “encadenado” do Colle delle Finestre (18Km de subida constante em torno de 8% com os últimos 8Km em chão batido, sem asfalto) e o Sestriere devem trazer de volta as emoções do Giro 2005 e uma das melhores etapas de todos os tempos com o duelo Savoldelli x Simoni.
Etapa 21 – 29 de maio – Milan 31.5km
É de praxe que a prova já esteja praticamente decidida no último dia, cabendo ao CR o ajuste dos Top 10, mas nunca pode ser descartada uma “rasmussada” ou um pneu furado. Pouco provável, mas sempre possível.

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